Defensoria Pública pede acesso a imagens de câmeras corporais e cobra explicações sobre baterias extras da PM

Parte de imagens de câmeras de agentes pode ter se perdido, diz secretário da PM O Núcleo de Defesa dos Direitos Humanos da Defensoria Pública do Estado do ...

Parte de imagens de câmeras de agentes pode ter se perdido, diz secretário da PM O Núcleo de Defesa dos Direitos Humanos da Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro enviou um ofício à Ouvidoria-Geral da Polícia Militar, órgão responsável por disponibilizar o acesso às imagens das câmeras corporais da corporação, pedindo acesso imediato aos registros da megaoperação realizada nos complexos da Penha e do Alemão, na última terça-feira (28). No documento, a instituição também cobra explicações sobre o uso das baterias sobressalentes previstas em contrato. O pedido foi feito após o secretário da PM, Marcelo Menezes, afirmar em entrevista coletiva que parte das gravações pode ter se perdido, sob o argumento de que as baterias das câmeras se esgotaram durante a ação, que começou de madrugada e se estendeu por mais de 12 horas. No ofício, a Defensoria pede esclarecimentos “sobre a disponibilização e utilização de baterias sobressalentes para as câmeras operacionais portáteis durante a Operação Contenção, conforme previsão contratual e normas internas da Secretaria de Estado da Polícia Militar (SEPM).” Megaoperação com cerca de 2.500 policiais civis e militares é deflagrada nos complexos da Penha e do Alemão, na Zona Norte do Rio de Janeiro, nesta terça- feira, 28 de outubro de 2025. Jose Lucena/TheNewsS2/Estadão Conteúdo Baterias sobressalentes previstas em contrato A GloboNews teve acesso ao aditivo contratual nº 111/2021, firmado entre a PM e a empresa L8 Group S.A., de agosto de 2024. O aditivo prevê o fornecimento de baterias sobressalentes e bases de carregamento para todas as unidades da corporação. O item 14 do documento determina: “Deverão ser fornecidas baterias sobressalentes e bases de carregamento para todas as unidades da SEPM.” As imagens das câmeras corporais são consideradas fundamentais para esclarecer as circunstâncias das mortes registradas durante a ação considerada a mais letal da história. LEIA TAMBÉM Mortos em megaoperação no RJ: lista tem 99 identificados, sendo 78 com histórico de crimes graves